O que são?
Na ausência de definição oficial, deixamos aqui a mais correntemente mencionada:
Uma Piscina Biológica é uma piscina de forma variável, em que a filtração e o tratamento de água se fazem graças a meios naturais (apesar de que em algumas a filtração seja clássica), estando assim a piscina “livre de produtos químicos”.
As Piscinas Biológicas nasceram nos anos 80 tendo sido rapidamente adoptadas pelos Alemães, Suíços e Holandeses. Apenas em 2002 foi construída a primeira piscina pública biológica (Combloux – França).
Será que assistíamos ao nascimento duma piscina de “Desenvolvimento Sustentável”? Na realidade… Não!
piscina biologica
Uma piscina biológica é composta por duas partes: uma área para nadar (de utilização) e uma outra dedicada ao tratamento da água e das plantas. Comparando a mesma área de utilização, verificamos que uma piscina biológica necessita de duas a três vezes mais terreno que uma piscina clássica. Além de que requer também de uma filtração mais potente e em funcionamento durante mais tempo (aumentando a factura energética). Ou seja, em termos de emissões de CO2, este tipo de piscinas é claramente pior. Podemos então afirmar que a piscina biológica está longe de ser ecológica (e económica…).
No mesmo sentido a Agência Francesa de Segurança Sanitária, Ambiente e Trabalho (AFSSET) elaborou um relatório sobre as piscinas públicas biológicas onde desaconselha a sua construção e utilização, colocando em evidência os graves riscos sanitários relacionados com a ausência de desinfectante. Mais importante ainda, a referida agência reprovou a utilização da palavra “piscina”, uma vez que se trata, por definição, de um reservatório destinado à utilização humana em que a água é filtrada e desinfectada.
(Reflet; Outubro 2009)
Piscinas Waterair Portugal 
Se você considerar a degradação ambiental para a produção dos produtos químicos para a limpeza das piscinas convencionais, talvez as piscinas biológicas sejam mais vantajosas do ponto de vista ambiental. Julgo imprudente dizer que algo é mais sustentável analisando-se apenas as emissões de carbono.
Desde já agradecemos a sua participação no blog “Piscinas Waterair”.
Antes de entrar na questão colocada, lembramos que os organismos competentes não aprovam o uso do termo “piscina” para qualificar os “reservatórios biológicos”.
Quanto à sua questão, ela é de facto pertinente, mas tem de se enquadrar numa outra: “Como medir a poluição?”. A resposta é complexa pois a poluição tem um carácter subjectivo ao passo que a medição terá de ser forçosamente objectiva/quantificada.
A decisão tomada pela ONU e seguida a nível mundial consiste em seguir o método “emissões de CO2” como o meio mais fiável para efectuar a referida medição. Assim sendo, seguindo o único critério recomendado, a percentagem de emissão de CO2 relativa à fabricação dos produtos de tratamento da água, para piscina clássica, é relativamente baixa, i.e. cerca de 15% do montante total.
Ou seja, a maior fatia de emissão de CO2 numa piscina pertence ao consumo de electricidade, e ai, como é explicado no artigo, um reservatório tipo “biológico” consome muito mais energia.
Por fim, queremos realçar que este tipo de questões serão sempre bem-vindas e que teremos todo o gosto em clarificar os nossos leitores.
sempre é possível colocar uma fonte de energia renovável como a eólica, juntamente com uma reserva de agua para quando não existe vento, mantendo assim uma circulação constante da agua, recriando um ambiente natural sem emissões de co2, isto lembrei-me eu agora enquanto lia o artigo, e não sou nem engenheiro nem biólogo, apenas um amante da Natureza, com certeza que quando se busca algo encontramos sempre soluções, presumo que procuraram defender a piscina tradicional.
Olá,
Muito interessante este tema.
Em países onde existem problemas de Dengue, como é que se mantém limpo um reservatório biológico? Que cuidados especiais devem ser tomados? Que plantas são recomendadas para ajudarem na manutenção deste reservatório natural, tendo já em atenção factor acima realçado.
Obrigado!
|R.